quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Historia Do Grupo


Grupo Insanidade

Nossa história teve início de uma forma bem diferente... Diferente da forma que a maior parte dos grupos começam! Diria até, de uma forma bem “INSANA”.

Foi através de uma conversa bem informal por MSN, no dia 16 de janeiro de 2010 que Ana Paula Lopes convidou Fillipe Reis para iniciarem um grupo de teatro. Logo de cara ele aceitou, e juntos   começaram a pensar em outros nomes. No mesmo momento Diego Morais também estava on-line e foi convidado. Detalhe: o primeiro contato entre Fillipe Reis e Diego Morais foi por MSN! E ainda através da Internet foram convidados Henrique Alexandre, Agatha Miklos e Marco Carrasco.
Os três aceitaram, mas Marco Carrasco avisou que a princípio não poderia participar de nossos encontros, pois teria alguns compromissos para resolver. Jairo Gomes foi convidado e também aceitou compor o grupo.
Então, finalmente no dia 23 de janeiro de 2010 aconteceu nosso primeiro encontro AO VIVO!
Houve uma apresentação, onde cada um contou sua trajetória no teatro, falou sobre sua personalidade, vida pessoal e com o que poderia contribuir com o grupo.
Fizemos um exercício proposto por Diego Morais que exigiu muita concentração, sincronia, parceria e trabalho em grupo. Foi um momento único, onde mesmo com um som alto de funk, não desistimos e conseguimos concluir o exercício proposto.
O nome do grupo surgiu informalmente, depois do exercício em uma conversa onde todos perceberam que cada integrante tinha um tipo de loucura, e que a INSANIDADE faz parte do ser-humano.
O logo do grupo foi desenhado por Henrique Alexandre e pintado por Diego Morais. Foi inspirado em nosso primeiro encontro: nos encontramos no quiosque, em um dia de chuva e nossas cabeças estavam cheias de interrogações em relação ao nosso futuro.

Em nosso segundo encontro apareceram mais dois integrantes: Thiago Feitosa (que permanece conosco até hoje) e Adriana Regina que participou de apenas mais um encontro e infelizmente desistiu do grupo para se dedicar somente aos estudos.
Dia 20 de fevereiro, finalmente Marco Carrasco se tornou membro definitivo do grupo INSANIDADE, passou a participar dos encontros a partir de então.

Passamos por uma saga: a busca por espaço! Várias portas bateram em nossa cara. A primeira soou mais ou menos assim: DRT.
Chegamos a tentar espaço em um centro cultural, que como exigência pediu para elaborarmos um projeto, onde em troca do espaço nos comprometêssemos a proporcionar oficinas para a comunidade. Mas fomos passados para traz pelos escoteiros que entregaram o projeto deles um dia antes do nosso...

Nosso grupo também é marcado por DRs (discutir a relação mesmo!)
Sim! Já passamos por várias... e não pensem que para nos “DR” é sinônimo de algo ruim... Dia 27 de fevereiro ocorreu nossa primeira, provocada por Henrique Alexandre. Estávamos em uma rua estreita e perigosa, e já estava escuro quando, de repente ouve-se um grito
- aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhh!!!!
Não era esse o grito! Ouve-se um grito
- Para tudo, eu quero falar.
E este se torna um momento de amizade acima de tudo, onde todos têm o direito de expressar a sua opinião de forma verdadeira.

Dia 13 de março fizemos o encontro de uma forma diferente. Aconteceu em uma praça de Poá, onde Rafael Sabinos, Thamires Cristina e Érica Pedroso passaram a fazer parte do grupo, mas infelizmente, por conta da distância, não conseguiram freqüentar os encontros e se afastaram do grupo. Neste mesmo dia, seguimos todos para Suzano para assistir uma peça da Trupe Parabolandos e trocar experiências. Fomos embora por mais caminho escuro em uma rua deserta, mas desta vez foi tarde da noite, quando... Adivinhem o que aconteceu?
- Outra DR!!!!!!!!
Mas desta vez, provocada por Agatha Miklos.


Já estávamos cansados de nos encontrar ao relento, debaixo de chuva e sol quando fomos muito bem acolhidos pelo CEU Lajeado no dia 18 de março. Lugar que a partir de então, passou a ser a nossa casa.

Um dia que marcou muito nossa história foi 29 de maio, dia em que aconteceu a maior DR de todos os tempos, decidimos o futuro do grupo afinal iniciamos o grupo com a idéia de fazer algo infantil... para crianças mesmo! Algo que envolvesse contos de fadas, magia, encantamento...
Mas através de pesquisas, conversas e DRs descobrimos que naverdade deveríamos seguir por outro caminho. Mudamos de “algo para crianças” para “algo sobre crianças”.

Em 04 de junho, nosso amigo Cabelo, ou melhor, Felipe Torres chegou para completar o grupo, e deste dia em diante começamos definitivamente a “Operação Infância”, passamos a nos aprofundar mais  em como a criança é realmente, como pensa e como funciona seu mundo.
Fizemos entrevistas com crianças e adultos , alguns exercícios para exteriorizar a verdadeira criança que havia em nós.

Infelizmente, por motivos de doença, nossa companheira Agatha Miklos ficou afastada por alguns meses, mas já está de volta com força total!

O CEU Lajeado é aconchegante, quentinho e espelhado. Perfeito para nosso trabalho teatral, até que um belo dia de ensaio acontece o fato marcante: A chave ficou presa na porta! Rola uma tensão, climão, suspense... Perderemos nosso teto? Não! Eis que então, surge a luz no fim do túnel da certeira de:
- Jaironnnnnnnnnnnnnnnnnnn Gomes.

Nosso carma maior é a falta de energia... Acreditem se quiser, por três vezes isso já aconteceu!e foi em um encontro sim e um não! Bem no horário de nosso encontro, sábados as 17:00 as luzes se apagavam... Seria um ótimo motivo para desistirmos do nosso encontro! Mas sempre procuramos outras alternativas.

Temos um  caderno Precioso, o nosso protocolo chama-se “Sano”

Nele está todo nosso processo, pensamentos e opiniões de tudo o que passamos até hoje!
Geralmente ele é lido durante ou após nosso lanchinho.

O QUE É SER INSANO PRS VC?
O QUE É INSANIDADE?

ESTE É O GRUPO INSANIDADE!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Insanidade é a exceção em indivíduos, mas a regra em grupos.


                                                                        

Insanidade,
sem gelo,
por favor?

Dose dupla,
aliás.

Para que desça,
pela garganta,
como as melhores bebidas.

Para que suba,
até o cérebro,
como os mais fortes ácidos.

Para que nos arraste,
até o fundo do poço,
como a mais real tristeza.

Para que nos faça voar,
como o mais profundo beijo.

Para que nos faça sentir,
como o maior dos amores.

E, principalmente,
para que nos faça viver,
de modo intenso,
e essencial,
como a mais insana vida.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

"Não há no mundo beleza maior do que a própria natureza. É preciso saber como olhar para a natureza, e vê-la . Temos que aprender a transportar para o palco a beleza que há na vida e na natureza, (...) sem destruí-la ou adulterá-la."


Stanislavski    

sábado, 11 de setembro de 2010

Saudades - Clarice Lispector


Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...

Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...

Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!

Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!

Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,

Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...

Pesquisa de campo no Pq. do Carmo.

Olá pessoal, boa noite a todos!
Quem vos fala é Henrique.
Hoje o grupo Insanidade deu as caras no Pq. do Carmo, para uma pesquisa de campo sobre a infância. Realmente muitas coisas me surpreenderam e todos do grupo também ficaram impressionados. Mesmo tímidas, as pessoas se soltaram e falaram com muita naturalidade sobre a infância e o que é ser criança. Foi melhor do imaginávamos, e em menos de 30 minutos conseguimos entrevistar em média 6 pessoas. Muito obrigado a todos que contribuíram para que isso desse certo!
Estávamos em 7, o restante do grupo não pôde comparecer infelizmente, de qualquer forma foi muito legal!

Quem somos

Logo do Grupo Insanidade. Sua simbologia é simples: representa o primeiro encontro do grupo, que foi debaixo de um quiosque num dia de chuva onde surgiram várias dúvidas do que tudo ia dar no final.


O Grupo Insanidade foi criado no dia 16/01/2010.
Todos com o mesmo objetivo: o fazer teatral com prazer e alegria e mostrar nossa cara e quem somos atraves do teatro.
O nome insanidade surgiu em uma brincadeira onde os membros do grupo chegaram a simples conclusão que a insanidade e uma característica do ser humano e pode ser mostrada de varias maneiras, e a nossa maneira é em cima dos palcos . 





sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Contatos

Contato direto com o Grupo Insanidade>

Comunidade no Orkut
Email: grupoinsanidade@gmail.com

Contato direto com os integrantes>

Agatha Miklos
Orkut
Twitter

Ana Paula Lopes
Orkut

Di Morais
Orkut
Twitter

Jairo Gomes
Orkut

Integrantes


Agatha Miklos
Ana Paula Lopes
Di Morais

Jairo Gomes

terça-feira, 31 de agosto de 2010

.......

Suponhamos que o tempo não seja uma quantidade mais uma qualidade, como a luminescência da noite sobre as árvores no preciso momento em que a lua nascente toca o topo das copas.
O Tempo existe, mas não pode ser medido. Em um mundo onde o tempo não pode ser medido, não ha relógios, calendários, compromissos definidos.
Os Eventos são desencadeados por outros eventos e não pelo o tempo.
Em um mundo onde o tempo é uma qualidade, os eventos são marcados pelo cor do céu, o tom do sinal sonoro do barqueiro, o sentimento de felicidade ou medo quando uma pessoa entre em recinto.
O Nascimento de um bebe, uma invenção.
O encontro de suas pessoas não são pontos fixos no tempo, aprisionados por horas e minutos.
Em Vez disso deslizam pelo espaço da imaginação, materializados por um olhar, um desejo.
Da mesma forma, o período que se separa dois eventos e longo ou curto, dependendo do que acontece tais eventos, da intensidade da luz, do grau de luz e sombra, da visão dos participantes.
Algumas pessoas tentam quantificar o tempo, analisar o tempo, dissecar o tempo.
Elas são transformadas em pedra.
Seus Corpos ficam parados, congelados na esquina, frios, duros e pesados.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O Processo - Infância

Bom, para aqueles que querem saber sobre nosso processo: é o mais simples possível, mais o verdadeiro.
O que importa dentro de um processo não é apenas sentar e conversar horas a fio, o mais importante e você ter as sensações disso tudo.
Um processo normalmente começa com uma idéia inicial assim tendo um objetivo de montagem que se começa tudo.
Nosso Processo começooou na junçao das pessoas.
Logo depois concretizamos nossa idéia começamos com exercícios de aquecimento, depois exercícios para conhecimento dos membros do grupo, em seguida fizemos improvizações de cenas com a nossa idéia e assim começamos a montar nossa peça que por enquanto está no ínicio, mais a base de uma peça/espetáculo e primeiro exercicios de aquecimento, logo depois exercicios de sensações e depois improvizações ou um texto concreto.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Andando...

Andando pelas ruas da vida, 
ouvi uma pequena criança perguntar assim para sua mãe:


- Mãe por que a Planta tem espinhos?

ela responde:
- Porque papai do céu quis que ela tivesse espinhos.


É tão incrível o nível de superproteção que os pais põe em cima dos filhos que mal conseguem perceber que elas so querem um pouco de atenção.




Postado por Di Moraaais

terça-feira, 22 de junho de 2010

Qual sua Infância?


Qual é sua Infância? o que ela te lembra? quais suas memórias mais doces e ruins? ela é feita de coisas boas apenas? ou apenas de tristezas e cores cinzas? vc teve uma infância? essa infância  foi vivida ou está sendo vivida agora? pensem nisso

domingo, 30 de maio de 2010

Troca de Grupos( Grupo insanidade / Expressao jovem )

Teatro é a arte de se expressar tudo o que acontece teoricamente fora da nossa sala de ensaio ou até mesmo julgado pela nossa propria sociedade normalistae ' proibido ' fazer, rolar no chão, imaginar que estamos flutuando, rever nossas passagens pela nossa vida... na sala de ensaio tudo é possível e as cores negras do mundo real somem...
o encontro entre grupo "Expressão Jovem" e "Grupo Insanidade" foi isso.. pessoas que fazem teatro convencional na qual pessoas discutem coisas verdadeiras e mais realistas como temas em si, tipo drogas e violência que é uma forma positiva de se fazer teatro e o teatro alegre e abstrado do grupo insanidade.. pessoas diferentes, olhares diferentes, vidas diferentes uma experiência única que se é guardado emocionalmente e verdadeira. 

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Por que Fazemos o teatro que fazemos?

Algumas palavras entram em moda de tempos em tempos e caem em gosto geraal. De repente se transformam em valores necessarios. Nesse sentido, escrever sobre o compromisso etico e social no fazer teatral pode soar algo tao batido como, escove os dentes antes de dormir.Quem nao passou o fio dental levante a mao! Desde que o teatro e teatro ele sempre esteve em serviço de algo ou alguem, nunca houve muito como escapar disso. Os profissionais de teatro se colocam portanto, no seu fazer teatral, a serviço desse algo ou alguem, que ao longo da historia jah foi diversamente incorporado : a igreja, a aristocracia, a revoluçao etc.
Um artista e feito de um treinamento ferrenho, muita diciplina e estudo. Pra que? Em nome de que? Em nome da arte e claro! Mas posto que essa arte esta a serviço de algo ou alguem, esse artista e estuda diarimanete em nome de que? Sim, pois um soldado tambem e feito de um treinamento ferrenho,, diciplina e estudo, tudo em nome de uma ideia abstrata de patria, ou amor a patria, segundoa qual ele deve morrer e matar em nome dela, mesmo que a patria venha a ser criminosa. O seu compromisso, portanto, e uma especie de carta que ele assina em branco, a ser preenchida segundo as conveniencias, circunstancias ou nao, dessa ideia de patria, nao lhe cabendo nenhuma direito de opiniao ou a de contestaçao. Ele se submete a essa ideia por uma noçao de hierarquia. Eles sao mao-de-obra qualificada, e a defesa e a segurança dessa ideia de patria sao a justificativa plena e a finidade de seus atos.
Mas voltaremos ao artista, ou no caso, ao ator, que diariamente trabalha a serviço do teatro, ou de uma ideia abstrata de amor ao teatro. Esse ator deve servir a essa ideia mesmo que o teatro venha a ser criminoso? Omisso? Mentiroso? Mas de certa forma, dirao, o teatro e sempre mentiroso! Pois entao trata-se ainda mais de saber muito claro que 'Mentira' o ator se empenha em contar. Ou seja, a serviço de que ele coloca o seu talento e o seu conhecimento? Ou ainda a serviço de que ele investe horas diarias de treinamento? Ou o ator poderia ser resumido a uma mao-de-obra qualificada contratada para tornar verossimel qualquer mentira? Ora direis, tratar de fazer escolhas. Sim , fazer escolhas, tao simples quanto! Mas fazer escolhas baseadas em que? E ai a cobra morde o proprio rabo em uma questao primaria: por que fazemos teatro que fazemos? O que nos leva a se trancar numa sala preta para jogar historias que talvez nunca venham a ter importancia para grande maioria dos mortais , enquanto o sol e a vida brilham de verdade la fora e um beijo derradeiro pode nos abater na proxima esquina ao oeste? Quem tem opçao, tem afliçao, ja dizia mestra Yara caznok. E nao ha escolhas onde nao existem alternativas! A questao nao e saber que teatro vamos fazer e sim conhecer e entender e as que criamos, para depois saber quais mentiras contar e para quem!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A Arte (quase) invisivel- Aderbaal Freire Filho ( O Sarrafo ediçao junho de 2003)

O Alfaiate do rei nu, eis o homem! Todos, esta bem, quase todos veem os trajes que ele nao fez. Seu oficio esta no extremo de uma fieira que tem o diretor de teatro no extremo oposto. Nem um, nem outro entraram na liesta de oficios que a reportagem especial da revista veja dedicou aos bem- sucedidos em suas carreiras. Quanto ganha e o que faz um alfaiate do rei nu, quanto ganha e o que faz um diretor de teatro? resposta da revista veja : sei la, nem queri saber, nao me interessa> Bem, e melhor ficar com biologos, publicitarios e administradores de empresas, ate porque o mercado de trabalho para alfaiates de reis nus e diretores de teatro nao e dos melhores. E, dos dois, pior ainda para os diretores e teatro, se considerarmos, claro, os bachareis que se dedicam a 'Vestir' reis nus ( ou vestir 'reis' nus; os vestir reis 'nus') .
Mas porque eles sao os extremos postos de uma fieira de oficios e profissoes? em poucas palavras: os alfaiates de reis nus nao fazem o que quase todos veem, as roupas dos reis nus, e os diretores de teatro fazem o que quase ninguem ve, a mise-en-scene de uma peça de teatro, Vou abandonar agora os alfaiates de reis nus, eles que criem seu sindicato. Vou falar duas ou tres coisas dos que conheço, os diretores de teatro, ate porque sou um dele> Xomo e isso que quase ninguem ve o que eles fazem, se alguns sao tao famosos?e quase ninguem ve, quem sao os poucos que veem e o que eles vem? E o que , afinal os diretores de teatro? Nao vou responder na ordem, nem sei se vou responder.
A julgar pelo o que dizem deles, o que elez fazem nao e dificil de saber: eles gritam ( dizem que os diretores de televisao gritam mais ). E, as vezes, eles escrevem sobre o que fazem. Bom. Como eles nao estao presentre no espetaculo, como os atores; nem estao representados no espetaculo por coisas concretas, palpaveis, dialogos, e natural que a identificaçao da sua ' Obra ' seja dificil. E Outra consequencia disso e tambem natural : os diretores ' efeirtistas ' sao mais reconhecidos, eles sao os autores dos efeitos, eles jogam para a plateia ( a patuleia, na corrupta ). Dai costumam sair os famosos, o que esta muito bem. O mal e quando isso vira padrao de qualidade e a qualidade verdadeira nao conta.
Dou um exemplo, Peter Brook, que era famoso tambem aqui, enquanto quase ninguem tinha visto seus espetaculos, acaba de chegar ao brasil. Como sua qualidade nao e feita de ' efetismos ', nos ver a qualidade verdadeira dos seus espetaculos foi, para muitos, decepcionante ( se ele voltar outras vezes vai acabar perdendo fama ). Ouvi muita gente saindo pela tangente: ah, ele agora esta optando pela simplicidade. Ora, brook e simples ha muitos anos, seu timao de atenas, de 1974 ( um senhor de 30 anos ), era de uma simplicidade roxa. Mas tanto la, como agora, suas qualidades estavam ali, escandalosas, no jogo dos atores e com os atores, na vida luminosa de um teatro vivo( valha a redundancia ), na transformaçao da palavra em açao- e ai esta o segredaço.
Chamo aquie essa transformaformaççao de revoluçao do principio e da defino como a grande revoluçao que o poeta da cena deve fazer para a construçao, no palco, da sociedade da poesia viva: o que no principio era verbo, no principio passa a ser açao. Mas isso e dificil de ser visto. A autoria do espetaculo, no final, se confunde tanto com a do ator e a dos atores mesmo os colaboradores proximos muitas vezes nao percebem. Mas e natural que seja assim. Os primeiros diretores de teatro foram proprios autores; os diretores de teatro hoje, portanto, sao sofocles vivo, Shakespeare vivo, Moliere vivo, quando nao ele mesmo- o diretor - inaugurando outra dinastia do fantasma. E assim a imortalidade dessa arte efemera. Emfim, esse papo e so um começo de conversa, nao da tempo de esmiuçar. Arrisco uma generalizaçao, deizendo que tudo o que o diretor de teatro faz, ou pode fazer , e fruto da sua consciencia da natureza da ilusao particular do teatro. Nao gritar tambem e bom.

domingo, 9 de maio de 2010

Imagine- John lennon


' Imagine que não ha nenhum paraiso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno debaixo de nós
Acima de nós, só o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje

Imagine que não ha países
Não é dificil fazê-lo
Nenhum motivo para matar ou morrer
E Nenhuma religião, Também
Imagine Todas as pessoas
Vivendo a vida em paz...

Tú Podes dizer que sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia te juntes a nós
E o mundo sera um só

Imagine nenhuma posse
Que maravilha se você conseguir
Nenhuma nessessidade de ganancia ou fome
Em uma fraternidade de homens

Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo
Podes dizer que sou um sonhador
Mas não sou o único
Espero que um dia te juntes a nós
E o mundo sera um só. '


Talvez seja impossível para você poder viver sem se preocupar com o que o mundo está falando pra você, ou que tipo de olhar esta te jogando.. mas uma coisa é real, o mundo só melhora com cultura e estamos ai pra isso.. ser diferentes, transformar o mundo e sermos formadores de opniões e de platéias.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O ator !!!

Por mais que as cruentas inglórias batalhas do cotidiano tornem um homem duro ou cínico o suficiente para ele permanecer indiferente às desgraças ou alegrias coletivas, sempre haverá no seu coração, por minúsculo que seja, um recanto suave onde ele guarda ecos dos sons de algum momento de amor que viveu na sua vida.
Bendito seja quem souber dirigir-se a esse homem que se deixou endurecer, de forma a atingi-lo no pequeno núcleo macio de sua sensibilidade e por aí despertá-lo, tira-lo da apatia, essa grotesca forma de autodestruição a que por desencanto ou medo se sujeita, e inquieta-lo e comove-lo para as lutas comuns da libertação.
Os atores têm esse Dom. Eles têm o talento de atingir as pessoas nos pontos onde não existem defesas. Os atores, eles, e não os diretores e autores, têm esse Dom. Por isso o artista do teatro é o ator.
O público vai ao teatro por causa dos atores. O autor de teatro é bom na medida que escreve peças que dão margem a grandes interpretações dos atores. Mas o ator tem que se conscientizar de que é um cristo da humanidade e que seu talento é muito mais uma condenação do que uma dádiva. O ator tem que saber que, para ser um ator de verdade,. Vai Ter que fazer mil e uma renúncias, mil e um sacrifícios. É preciso que ator tenha muita coragem muita humildade e sobretudo um transbordamento de amor fraterno para abdicar da própria personalidade em favor da personalidade de suas personagens, com a única finalidade de fazer a sociedade entender que o ser humano não tem instintos e sensibilidade padronizados, como os hipócritas com seus códigos de ética pretendem.
Eu amo os atores nas suas alucinantes variações de humor, nas suas crises de euforia ou depressão. Amo o ator no desespero de sua insegurança, quando ele, como viajor solitário, sem a bússola da fé ou da ideologia, é obrigado a vagar pelos labirintos de sua mente, procurando no seu mais secreto íntimo afinidades com as distorções de caráter que seu personagem tem. E amo muito mais o ator quando, depois de tantos martírios, surge no palco com segurança, emprestando seu corpo, sua voz, sua alma, sua sensibilidade para expor sem nenhuma reserva toda a fragilidade do ser humano reprimido, violentado. Eu amo o ator que se empresta inteiro para expor para a platéia os aleijões da alma humana, com a única finalidade de que seu público se compreenda, se fortaleça e caminhe no rumo de um mundo melhor que tem que ser construído pela harmonia e pelo amor. Eu amo os atores que sabem que a única recompensa que podem Ter – não é o dinheiro, não são os aplausos – é a esperança de poder rir todos os risos e chorar todos os prantos. Eu amo os atores que sabem que no palco cada palavra e cada gesto são efêmeros e que nada registra nem documenta sua grandeza. Amo os atores e por eles amo o teatro e sei que é por eles que o teatro é eterno e que jamais será superado por qualquer arte que tenha que se valer da técnica mecânica.


Plinio Marcos
Do livro “Canções e Reflexões de um Palhaço”

terça-feira, 27 de abril de 2010

O Começooo



Tudo Começa da Delicadeza e da Riquesa de Detalhes que cada ser humano tem e nada passa ou e em vao na nossa vida

um ser humano completamente sano nao e um ser humano


By: Di moraaais